sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

Dr. P.

Ontem tivemos a primeira consulta de Obstetrícia desta gravidez. Vistas as análises e ecografia pedidas pelo médico de clínica geral, à partida está tudo bem! Continuo a não estar imune à toxoplasmose, mas isso não é novidade.
Fui pesada e observada! Para já confirma-se que estou mais magra do que no inicio da gravidez da Carolina, o que, no entanto, não quer dizer que possa abusar da sorte, porque entre outras coisas o Dr. P. tem a mania que as suas doentes têm que ser «Top Models», por isso o máximo da engorda no final da gravidez é um kilo por mês, ou seja 9 kilos no total! Na gravidez anterior consegui, vamos ver agora.
Também fiquei a saber que provavelmente este inquilino também terá que sair via cesariana, dado a história do parto da Carolina, que um dia vou ter que relatar aqui.
O Dr. P. é o meu ginecologista há cerca de 7 anos, conhece muito bem toda a minha história, as tentativas para engravidar, a gravidez que não resultou, os meses de ansiedade e angústia.
Foi ele que me seguiu durante a gravidez da Carolina, o primeiro a dizer que só podia ser uma menina, porque só as meninas são assim difíceis; foi ele que a retirou da minha barriga e também, como faz questão de dizer, o primeiro a ver a sua carinha.
Durante todos estes anos, o Dr. P. sempre achou que, para além dos meus ovários mal-comportados (ou seja micro-poliquisticos) e preguiçosos, grande parte do meu problema em engravidar passava pela minha cabeça e pelo stress e ansiedade que sempre criei à volta deste assunto.
E por muito que me custe, tenho agora que reconhecer que provavelmente ele sempre teve razão; engravidei da Carolina numa altura em que me tinha convencido que só iria engravidar fazendo algum tratamento de infertilidade, por isso durante as três semanas que esperei por mais uma consulta consegui (com uma ida ao Algarve para uns dias de férias) esquecer por momentos a minha ansiedade, e a Carolina aconteceu.
Desta vez engravidei no mês em que mudei de funções no meu trabalho (o que implicou novo local de trabalho, novas responsabilidades e alguma tensão inerente à mudança), que coincidiu também com a decisão de comprarmos a nossa nova casa. Por tudo isto, uma nova gravidez deixou de ser o tema urgente que era nos meses anteriores, e mais uma vez cá está!
Pelas razões acima apresentadas, pela relação de confiança e amizade que estabeleci com ele ao longo dos anos, pela confiança que nele deposita o papá J., será mais uma vez o Dr. P. a ver pela primeira vez a carinha do novo(a) filhote(a).

3 comentários:

  1. Realmente, o nosso cérebro ainda é um universo por descobrir!

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  2. :))
    O meu médico diz-me o mesmo quando lhe falo de infertilidade.
    Diz-me xs sem conta que o meu mal, é estar sempre a pensar na gravidez, que devia treinar pelo prazer de amar e não para tentar engravidar ;))

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  3. E as amigas que te diziam o mesmo, hã, hã... não contam???

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