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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A pausa do dia (ou então não!...)

Ao final do dia, com o jantar já adiantado e eles de banho tomado, gosto de entrar na casa de banho, sozinha e em silêncio, tomar um duche quente, sentir a água a cair-me na cabeça, nos ombros, nas costas.
Deixar que a água quente leve o frio e as preocupações do dia, relaxe os músculos e faça desaparecer as tensões.
Sair do banho quente para uma toalha quente, pôr os cremes todos que me lembrar e sair da casa de banho já de pijama e quase descansada.

Mas estes dias são agora tão raros... ou porque estou sozinha com eles, ou porque não estou, mas eles querem mesmo estar comigo.
Nesses dias o duche torna-se uma corrida contra o tempo, na tentativa, muitas vezes inútil de impedir que o ele esvazie todos os boiões de creme/espalhe todas as toalhas pelo chão/carregue no autoclismo em modo contínuo/traga todos os brinquedos do quarto dele.
Ao mesmo tempo em que tento dar alguma atenção à conversa dela, porque me exige respostas enquanto a água me entra pela boca, já para não falar das coisas que quer eu veja, eu que sem lentes não vejo nada, situação agravada pela água que me cai na cara.

E é assim, que na maioria dos dias, saio da casa de banho ainda a vestir o pijama, com o creme mais básico espalhado à pressa (ou sem cremes!), com o cabelo por pentear e muitas vezes a ralhar.

Hoje foi um dia assim. :S

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Daqui a 10 anos

Ontem estive profissionalmente toda a tarde, num Fórum com jovens entre os 11 e os 18 anos.

Vi os meus filhos daqui a 10 anos, com o melhor e/ou pior que, potencialmente, estes 10 anos nos podem trazer.

Sinceramente, o meu pensamento foi "Não sei se ria, se chore!"... resta-me a esperança de que os consiga educar/acompanhar para o melhor.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Os Incríveis (versão a 4!)

Ontem à noite a (re)ver os Incríveis com ela:
- Mamã eu sou a Violeta e o mano é o Zézé!
- Tu és a Violeta, mas o mano tem que ser o Flecha
- ??
- Temos que arranjar outro mano para ser o Zézé.
- É melhor não mamã, depois tu ainda tinhas mais trabalho a dar-nos de comer e a vestir-nos!

E também desta maneira, aos poucos, vai desaparecendo o sonho (e a vontade!) de um terceiro filho... quando a nossa filha de 6 anos, de forma tão pragmática, nos mostra as dificuldades.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Família Completa

[O comentário no post anterior da Sandra (Costinhas) fez-me pensar...]

O primeiro mês depois do Tiago foi para mim muito confuso, o misto de emoções que me inundava era tal que muitas vezes tinha dificuldade em gerir tudo o que sentia. Foram dias de imensa alegria, misturados com momentos de choro, medo, angústia, ansiedade.

Depois do primeiro mês a calma começou a instalar-se, comecei a sentir-me mais equilibrada, reencontrei o meu ritmo, o nosso ritmo, agora a quatro. E foi nessa altura que comecei a sentir que as incertezas desapareciam, e que se instalava a certeza da opção tomada, a consciência que apesar de todas as dificuldades só agora a nossa família estava completa.

É assim que me sinto ainda agora, feliz, muito feliz por termos decidido ter esta família, pelos dois filhos, completa pela casa cheia de gargalhadas (e às vezes de gritos!) e de brinquedos e de roupas e sapatos pequenos.

Na maioria dos dias nem sequer penso em mais filhos, ocupada como ando com estes e às vezes com tão pouco tempo para eles (e outras vezes com a paciência já no limite!).

Na maioria dos dias em que penso em mais um filho, penso que os meus braços e os do pai já estão tão ocupados e agora os pares de braços ainda chegam para os braços que nos procuram, para o terceiro os braços já faltavam e a divisão teria que ser maior... e estamos tão bem assim.

Depois penso, mas o meu coração de mãe até era capaz de amar mais filhos e inventar mais braços...

E é nesta altura que entra o pragmatismo... se é verdade que não há alegria maior do que um filho, ele não deixa de ter que ser alimentado, vestido, cuidado e no mundo em que vivemos tudo isso depende do dinheiro. E se é verdade que as crianças não precisam de ter tudo, nós, pais de agora não estamos dispostos a abdicar que eles tenham certas coisas.

Isto tudo para dizer, eu sinto a minha Família Completa, estamos bem assim (até nos calhou um casalinho! :P), mas isto não quer dizer que se as possibilidades fossem outras, eu não teria mais um filho, porque sinto que estaria preparada para ser mãe outra vez.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Roupas pequeninas, Mais um filho ou a Nostalgia do Primeiro ano

Andei a arrumar as primeiras roupas do Tiago. Finalmente comprei uma caixa para guardar os primeiros quatro conjuntos usados, são dele, só dele e estes não os dou.

Separei a restante roupa, alguma já foi para o Tiago que nasceu em Abril, o resto ficou... olhei, cheirei, olhei outra vez meti dentro de caixas, olhei novamente, pensei e se..., agora já temos tudo, não fazia diferença se fosse rapaz ou rapariga, temos tudo,... três.

Hoje visitei um Jardim de Infância que abriu aqui perto de casa, tudo novo, construído de raiz, boas instalações, bom ar, miúdos a brincar, pareciam felizes, condições para pôr os dois, 300 euros por mês para o Jardim de Infância (para ele), 150 euros para o ATL (para ela), três filhos é impossível.

O Tiago faz um ano daqui a quatro dias, passou tão depressa este ano, ainda mais depressa do que o primeiro ano da Carolina, tenho-me lembrado tanto dele recém-nascido, o meu bebé mais pequenino, aqueles primeiros dias em que me sentia tão maravilhada, mas também tão assustada.

É verdade, admito, gostava de ter mais um filho... mas é impossível, o dinheiro não é tudo dizem alguns, eu concordo, mas com dois nós ainda vamos fazendo algumas coisas, com três, não sei..., preocupação a mais dizem outros, onde se criam dois criam-se três, pois é, e o tempo que já me falta para estes dois, e os dias em que a paciência me foge...

Gostava de ter mais um filho, mas (quase de certeza) não vou ter, há dias em que me sinto revoltada com isto, com esta dependência do dinheiro e da necessidade de trabalhar arduamente para conseguir (sobre)viver, mas depois lembro-me que já foi abençoada duas vezes e que houve tempos em que com medo pensei que poderia nunca vir a ter filhos, por isso quero aproveitar muito estes dois, quero-lhes dar todo o meu amor, quero vê-los crescer, quero senti-los felizes, e isso é o mais importante.