[O comentário no post anterior da Sandra (Costinhas) fez-me pensar...]
O primeiro mês depois do Tiago foi para mim muito confuso, o misto de emoções que me inundava era tal que muitas vezes tinha dificuldade em gerir tudo o que sentia. Foram dias de imensa alegria, misturados com momentos de choro, medo, angústia, ansiedade.
Depois do primeiro mês a calma começou a instalar-se, comecei a sentir-me mais equilibrada, reencontrei o meu ritmo, o nosso ritmo, agora a quatro. E foi nessa altura que comecei a sentir que as incertezas desapareciam, e que se instalava a certeza da opção tomada, a consciência que apesar de todas as dificuldades só agora a nossa família estava completa.
É assim que me sinto ainda agora, feliz, muito feliz por termos decidido ter esta família, pelos dois filhos, completa pela casa cheia de gargalhadas (e às vezes de gritos!) e de brinquedos e de roupas e sapatos pequenos.
Na maioria dos dias nem sequer penso em mais filhos, ocupada como ando com estes e às vezes com tão pouco tempo para eles (e outras vezes com a paciência já no limite!).
Na maioria dos dias em que penso em mais um filho, penso que os meus braços e os do pai já estão tão ocupados e agora os pares de braços ainda chegam para os braços que nos procuram, para o terceiro os braços já faltavam e a divisão teria que ser maior... e estamos tão bem assim.
Depois penso, mas o meu coração de mãe até era capaz de amar mais filhos e inventar mais braços...
E é nesta altura que entra o pragmatismo... se é verdade que não há alegria maior do que um filho, ele não deixa de ter que ser alimentado, vestido, cuidado e no mundo em que vivemos tudo isso depende do dinheiro. E se é verdade que as crianças não precisam de ter tudo, nós, pais de agora não estamos dispostos a abdicar que eles tenham certas coisas.
Isto tudo para dizer, eu sinto a minha Família Completa, estamos bem assim (até nos calhou um casalinho! :P), mas isto não quer dizer que se as possibilidades fossem outras, eu não teria mais um filho, porque sinto que estaria preparada para ser mãe outra vez.
O primeiro mês depois do Tiago foi para mim muito confuso, o misto de emoções que me inundava era tal que muitas vezes tinha dificuldade em gerir tudo o que sentia. Foram dias de imensa alegria, misturados com momentos de choro, medo, angústia, ansiedade.
Depois do primeiro mês a calma começou a instalar-se, comecei a sentir-me mais equilibrada, reencontrei o meu ritmo, o nosso ritmo, agora a quatro. E foi nessa altura que comecei a sentir que as incertezas desapareciam, e que se instalava a certeza da opção tomada, a consciência que apesar de todas as dificuldades só agora a nossa família estava completa.
É assim que me sinto ainda agora, feliz, muito feliz por termos decidido ter esta família, pelos dois filhos, completa pela casa cheia de gargalhadas (e às vezes de gritos!) e de brinquedos e de roupas e sapatos pequenos.
Na maioria dos dias nem sequer penso em mais filhos, ocupada como ando com estes e às vezes com tão pouco tempo para eles (e outras vezes com a paciência já no limite!).
Na maioria dos dias em que penso em mais um filho, penso que os meus braços e os do pai já estão tão ocupados e agora os pares de braços ainda chegam para os braços que nos procuram, para o terceiro os braços já faltavam e a divisão teria que ser maior... e estamos tão bem assim.
Depois penso, mas o meu coração de mãe até era capaz de amar mais filhos e inventar mais braços...
E é nesta altura que entra o pragmatismo... se é verdade que não há alegria maior do que um filho, ele não deixa de ter que ser alimentado, vestido, cuidado e no mundo em que vivemos tudo isso depende do dinheiro. E se é verdade que as crianças não precisam de ter tudo, nós, pais de agora não estamos dispostos a abdicar que eles tenham certas coisas.
Isto tudo para dizer, eu sinto a minha Família Completa, estamos bem assim (até nos calhou um casalinho! :P), mas isto não quer dizer que se as possibilidades fossem outras, eu não teria mais um filho, porque sinto que estaria preparada para ser mãe outra vez.
Independentemente dos custos monetários, dos "braços estarem preenchidos", de sentir que a família está preenchida tenho a sensação que falta alguém, e as miúdas têm ajudado a alimentar esta vontade, até já têm nomes e falam como se o mano e a mana existissem.
ResponderEliminarUm dia destes no carro amais nova manda um grito à irmã porque esta tinha se sentado no lugar da mana bebé.
Por aqui anda-se com uma vontade de ter a 3ª (sim há mais probabilidades de ser uma "terceira"). Monetariamente acho que até aos 3 anos uma criança não tem grandes gastos monetários.
Por aqui só agora com a mais velha (8anos), é que se está a sentir a “despesa”.
esse é o mal geral, quase toda a gente quer mais filhos mais não pode. e eu penso que esta realidade tende a piorar, cada vez há mais despesas.
ResponderEliminarMas como dizes já tens dois, já te podes sentir abençoada
;D
E que sorte é ter um casalinho!!! :p
ResponderEliminar(é isso tudo)
Beijos
pois...por aqui temos o casalinho;)
ResponderEliminarnão sabemos se iremos ao 3º...talvez sim,talvez não..
agora estamos bem... e se ficarmos só por aqui ficaremos bem,muito bem!!
Nove anos não é muito tempo.
ResponderEliminarBj
Pois é... concordo c tudo!
ResponderEliminarBeijocas
E agora puseste-me tu a pensar... A minha noção de família completa é muito pouco definida, está agora a construir-se. Tinha-a perfeitamente clara, era eu, a minha irmã e os meus pais, até ao dia em que estes se divorciaram, sem que nada, aparentemente, o fizesse prever. Eu tinha 12 anos. A minha família dividia-se em duas e, menos de um ano depois, tinha pessoas novas, de um lado e de outro, que fizeram tornar essa cisão mais acentuada, o que já, aliás, era bastante evidenciado por eu viver, à época, num meio muito pequeno... De repente, fiquei com a sensação de não pertencer a lugar nenhum, excepto com a minha irmã. Com a ida da minha irmã para fora estudar, decidiu-se que eu, no ano seguinte, a acompanharia, ainda que no liceu. Aí a família completa era eu e a minha irmã S. Isto pode soar mal, mas a verdade é que o meu pai e a minha mãe tinha famílias paralelas e aquela sensação de "home sweet home" eu só a sentia junto da S. Claro que gostava dos meus pais, mas perdeu-se a família como um todo...
ResponderEliminarOs anos passaram, a minha irmã acabou os estudos e veio para Lisboa, nessa altura viver com a minha mãe, que entretanto se mudara para cá... Custou-me horrores, claro está. Pouco tempo depois a minha mãe morre. Apesar da distância, a minha irmã e eu funcionamos como um todo, acentua-se a dependência. Os anos voltam a passar. O namoro de estudante passa a vida a dois e passar a seguir a casamento, nesta altura estando eu já a viver aqui em baixo. A família completa era a minha irmã e o meu moço. Eu sentia-me efectivamente completa. E a minha experiência de vida anterior trazia-me várias renitências, face à perspectiva de ter filhos. O meu equilíbrio existia, mantinha uma forte cumplicidade com a minha irmã, acentuado pelo momento mau da vida dela... E mais uma vez a minha família completa foi desmoronada, a minha irmã partiu para o outro mundo e deixou-me sem chão... E assim fiquei, sei lá, acho que 1 ano, nem sei quantificar... E ano e tal depois, veio a gravidez, veio a Leonor. Um ano e tal depois começo a reconstruir a minha noção de família completa. No início pensei-a a 3, já a perspectivo a 4, e até gostaria que fosse a 5. Mas sinto-me sobretudo feliz por a ter, por a estar a construir.
Eh pá, se calhar exagerei no paleio... Ups :P
ResponderEliminarDevemos aceitar que fomos abençoadas, quer com um quer com dois... pensa em quem não pode ter nenhum...
ResponderEliminarA vida com os filhos é uma vida abençoada!
beijo grande
Adorei o comment da Tânia. Quando os pais se separam, o nosso chão são os nossos irmãos. Tb não sei explicar bem porquê. E é muito importante ter alguém ao nosso lado que compreende exactamente as nossas dores e as nossas preocupações em relação aos pais. Qdo um pai adoece, um filho sozinho não tem apoio. Não aquele apoio cúmplice com um irmão de "eu sei que estás a sofrer tal como eu. Nós vamos ter-nos sempre um ao outro". E isso é tão mas tão importante.
ResponderEliminarVamos ver com o segundo se consigo sentir uma família completa. Porque fui sempre eu e o meu irmão.
ResponderEliminarUm casalinho!
Bjos
Cristina