Da Amamentação: o fim

O último dia que dei de mamar ao Tiago foi no dia 13 de Março.

Não sabia que ia ser o último dia, apenas sabia que a quantidade de leite que estava a produzir já era muito pouca, que não era suficiente para o alimentar, e que a amamentação era apenas um momento nosso no início da manhã e um beijo de boa-noite ao deitar.

Tal como aconteceu com a Carolina, com a introdução de novos alimentos a minha produção de leite começou a diminuir, e se por um lado isto é agradável porque nunca tive problemas de encaroçamento do leite, por outro lado, conjugado com o meu regresso ao trabalho, leva ao fim da amamentação. Desta vez, esta situação também não ajudou.

No entanto, tenho que dizer que foi uma transição suave, sem sofrimento, sem estranheza, foi natural, o leite no biberão já era conhecido, a saciedade que o biberão lhe dava também. Se é verdade que em alguns momentos de aflição, o Tiago ainda se vira para o meu peito à procura de consolo, hoje de manhã tive a certeza que ele sabe que é o biberão que lhe acalma a fome (depois de o pai o deitar ao meu lado numa altura em que ele chorava com fome, virou a cara para o outro lado e gritou mais alto quando sentiu o meu peito!).

Eu também me senti bem, recuperei o meu corpo, que durante os últimos 16 meses se dedicou a gerar e sustentar uma nova vida. E se por vezes o meu pensamento é assaltado pela ideia que tinha de dar de mamar talvez até aos 9, ou mesmo 12 meses, logo de seguida me lembro que consegui manter a amamentação em exclusividade até aos 5 meses, o leite artificial só foi introduzido depois dos 6 meses, o Tiago mamou até aos 7 meses e meio, e agora o mais importante é que ele está bem.

E eu, no fim-de-semana a seguir, aproveitando o aniversário do meu Cunhado, e para marcar o fim desta fase, comi um belo Arroz de Marisco, acompanhado de Vinho Verde e no fim bebi um Café! :P