terça-feira, 10 de outubro de 2006

Agressividade aos 4

Enquanto estava grávida e nos primeiros tempos depois do nascimento da Carolina, li muito sobre a gravidez, parto, bebés, crianças e afins, algumas leituras apenas relembraram conhecimentos que já tinha adquirido durante a minha formação académica, outras chamaram-me a atenção para aspectos sobre os quais nunca tinha pensado, quase todas me ensinaram alguma coisa.
Mas com o tempo percebi que muito mais do que nos livros, revistas ou na net, eu aprendia com a minha filha, no dia-a-dia a crescer com ela, por isso aos poucos fui abandonando os livros, as revistas começaram a ser compradas com menos assiduidade, só a net continuou através dos blogs mas mesmo assim como uma perspectiva diferente.
No entanto, quando começo a sentir que até o meu instinto começa a estar perdido e o bom-senso já não é suficiente, regresso aos livros, normalmente ao Brazelton (embora não concorde com tudo, gosto da ideia geral e tem-me ajudado a focalizar a atenção nos aspectos realmente importantes).
Assim, uma vez que já não sabia o que fazer para combater/controlar a agressividade que a Carolina mostrava nos últimos tempos, voltei a abrir o livro que vêem aqui do lado.
E então fiquei a saber que aos 4 anos as crianças começam a sentir necessidade de enfrentar os seus próprios sentimentos agressivos e encontrar a melhor forma de lidar com eles. O papel dos pais deverá ser ajudar a criança a canalizar estes sentimentos de raiva, estabelecer limites em relação a como eles são expressos e simultaneamente mostrar a sua compreensão para que a criança se sinta confortável e segura.
Por isso os castigos não ajudam, a repreensão também não ajuda, a solução é ter calma, respirar fundo deixar a crise passar e depois conversar, explicar o que se passou e tentar dar alternativas para que eles possam exprimir o seu mal estar sem ser pela agressividade.
E o céu é azul, o mundo é cor-de-rosa e eu sou igual à mãe do Ruca que tem sempre as respostas certas... (esta é a parte do Brazelton com a qual discordo!).
Mas apesar da minha assumida incapacidade para ter sempre calma, eu quero ajudar a Carolina a ultrapassar esta fase e por isso tenho investido no tempo que passo com ela, recuperado as nossas conversas de final do dia e as brincadeiras no tapete da sala.

Nota: Sobre a sugestão de algumas meninas de passar algum tempo só com a Carolina, infelizmente a avó ainda está no Norte, e apesar de termos uma tia que se dispõe a ficar com o Tiago, a amamentação não me deixa afastar muito tempo (não gosto de tirar o leite e embora já o tenha feito, evito!).
Adenda: Acho que não me expliquei bem... Eu gosto bastante do Brazelton, tanto que também tenho o livro anterior (que vai até aos três anos); a minha questão é que ele pressupõe quase sempre que os pais mesmo nos momentos mais difíceis são capazes de se controlar e agir sempre da forma mais correcta (como a mãe do Ruca!). Acontece que eu não sou perfeita (muito longe disso) e às vezes falo alto, não digo as coisas certas, mando-a para o quarto como castigo e até já lhe dei uma palmada no rabo (pronto agora é que vou ouvir das boas!).
Adenda 2: A frase foi mal feita e mais uma vez nãome fiz entender... a correcção "e até já lhe dei palmadas no rabo" (ai, ai agora é que vão ser elas!).

12 comentários:

  1. E o nascimento do mano coincidiu quase com esta fase, não é..
    Mas, passando mais tempo a sós com ela, nem que seja em simples brincadeiras pode melhorar...
    bjnho

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  2. E o nascimento do mano coincidiu quase com esta fase, não é..
    Mas, passando mais tempo a sós com ela, nem que seja em simples brincadeiras pode melhorar...
    bjnho

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  3. É importante mostra-lhe que além de mãe és amiga dela. Conversa bastante com ela, não a titulo educativo, mas sobre um livro por exemplo, sobre o filme de um dvd, sobre qualquer coisa. Mas que ela sinta que ela é importante na tua vida e no teu dia-a-dia.
    Beijos
    Força ta

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  4. Obrigada pela dica!

    (tenho esse livro tambem, vou la dar uma vista de olhos)

    Beijinhos e muitaaaaaaa calma

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  5. Eu tenho esse e o anterior (O grande livro da Criança) que vai até aos 3 anos. Tem-me sido uma grande ajuda. Nunca o li como um romance de ponta a ponta. Apenas vou lendo ao sabor das necessidades ou pertinências. Por acaso tenho concordado com muito do que ele diz. Sobretudo porque ele guarda um grande respeito pela sensibilidade dos pais e considera-os sempre como a parte essencial da engrenagem, no processo educativo.

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  6. Agressividade aos quatro? Bolas, tenho de me preparar! ;)

    Acho que a Maria refere um aspecto importante. A udança de infantário coincidiu com o nascimento do mano. Já tinha lido algures que se deve evitar que haja grandes mudanças na vida da criança quando nasce um irmão. Mas o que tem de ser, tem de ser! Nem sempre se consegue planear e/ou controlar todos as vertentes da via em simultâneo... A teoria é uma coisa, a prática é outra. ;)

    Bjs

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  7. UMA??? UMA???

    (deve ser pq nunca li nenhum livro desses :P)

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  8. AHAHAHAHAH LOLLLLLL

    nem reparei nessa parte de uma palmada

    era bom era se com uma só se resolvesse tudo!!

    beijinhos

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  9. AHAHAHAHAH LOLLLLLL

    nem reparei nessa parte de uma palmada

    era bom era se com uma só se resolvesse tudo!!

    beijinhos

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  10. palmadas? falar alto? castigo? amiga não és a única e olha q a minha agora só com palmadas é q amansa!!!

    não vai com conversas nem castigos.

    se ela faz asneiras ou se acalma só com um olhar meu,ou então só com palmadas!
    ou é 8 ou 8o

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  11. Porra...a adenda não foi pra mim, foi? Ele não me paga nada para o defender. Tens todo o direito em discordar do que ele diz...:S Se calhar eu é que preciso de adenda....;)

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