Da Amamentação

Para começar: neste momento está assegurada a amamentação apenas a leite materno até aos 6 meses.

Sim, começo a trabalhar na próxima segunda-feira (22 de Janeiro), sim há pelo menos uma refeição de leite que será nas horas de trabalho, mas (charam!) neste momento ali no congelador esperam animados uma série de contentores de leite materno cheios até cima pelo momento de saltarem cá para fora e serem servidos ao D. Tiago!

E agora digo: CONSEGUI!

Consegui aquilo que há alguns meses atrás duvidava que conseguisse.

Não, não tive problemas com a amamentação, o milagre da natureza nesse aspecto aconteceu com grande sucesso aqui. Houve sempre leite, os meus bebés nasceram a saber mamar (muito bem) e a gostar muito de mamar; os bicos do peitos nunca gretaram (da Carolina ainda doeram muito, muito, com o Tiago não!) e as mastites são desconhecidas.

A Carolina mamou até aos 6 meses (o leite artificial foi introduzido aos 5 meses), sempre com muito prazer da minha parte (apesar das dores das primeiras semanas!) e acabou naquela altura para eu fazer um tratamento.

Mas desta vez... desta vez foi diferente...

Durante o primeiro mês apesar da alegria que sentia por mais uma vez estar a amamentar, muitas vezes tive vontade de parar, o baby blues foi mais forte e a "prisão" da amamentação que me impedia de muitas vezes ser eu a cuidar, brincar, estar com a Carolina deixava-me mal e levava-me a pensar que se calhar era melhor de vez em quando ser outra pessoa (o pai!) o responsável pela alimentação do bebé.

Resisti, lamentava-me sozinha, tinha longas conversas comigo mesma e quando olhava para ele a mamar sentia de coração cheio, um amor enorme, incondicional, sem limites e eu sabia que tinha de continuar.

Mais tarde vê-lo crescer, engordar e desenvolver-se apenas com o meu leite deixava-me cheia de orgulho e com uma sensação plena de conquista que me impelia a continuar.

Quando chegámos aos 4 meses, e ainda antes de ir à consulta com o pediatra, já tinha decidido que iria continuar com a amamentação em exclusivo, eu sentia-me bem psicologicamente e fisicamente (já estava mais magra do que na altura em que engravidei!), as horas das mamadas já eram certinhas (o que ajudava muito!) e o Tiago estava óptimo.

Até aos 5 meses houve maminha em exclusivo, mas eu achei que estava na altura de lhe oferecer outras coisas, o Tiago já olhava muito para nós a comer e recepção que fez a uma banana encostada à sua boca fez-me decidir. Começou a sopa, depois a papa e nesta altura a maminha passou a ser quase só prazer.

Neste momento o Tiago ainda mama 4 vezes por dia:
7 h - pequeno-almoço;
10h - 2.º pequeno-almoço;
16h - lanche;
sem hora certa (tanto pode ser às 21 como às 00h) - ceia.

A partir da próxima semana será apenas três vezes, depois provavelmente com a introdução do iogurte passará apenas para duas vezes.

Mas por mim a amamentação continuará, sem data, sem hora para acabar, porque agora começa o verdadeiro prazer do amamentar, porque o que escorre do meu peito mais do que alimento é amor líquido que passa de mim para ele, porque que sei que é aquele momento da manhã que me vai ajudar a enfrentar o dia sem ele(s) e será aquela hora no fim do dia que me vai dar a sensação de calma e segurança de um dia terminado.