segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Eu, Mãe

É em dias como o de hoje que eu me pergunto “Mas porque raio me fui meter nisto?”.

Doente com uma gastroenterite viral (devidamente diagnosticada e medicada), mas novamente sozinha com os miúdos ao final da tarde… eu a tentar lhes fazer o jantar com ele agarrado às minhas calças a puxar-me enquanto chorava aos gritos, eu a tentar não perder a calma e a ignorar o choro que era todo sono (porque eu só tenho filhos que dormem mal!) e a perguntar-me “Mas porquê? Porque fui eu meter-me nisto?”, principalmente sabendo de antemão os horários do pai deles e a probabilidade real de estar muitas vezes sozinha.

Hoje foi especialmente complicado, já que com o pai a trabalhar, a avó também com uma consulta marcada para o final da tarde e o ATL a fechar às sete horas, fui com eles para a Clínica, acho que as pessoas na sala de espera pensaram que eu era louca, enfim… devo ser mesmo, mas eu tinha que ir ao médico e não tinha com quem os deixar porque até a tia que nos socorre nestas situações não estava em casa.

Lá fui… com eles, o médico ainda se riu e tal e achou piada ver o Tiago já que só o tinha visto na primeira ecografia que fiz.

De uma forma impressionante estive sempre calma, ajudou a Carolina estar bem disposta e colaborante e o Tiago apesar de não parar quieto também estava bem disposto, esta segunda maternidade e os longos períodos sozinha com eles pelo menos estão a trazer isso de bom, a calma e uma grande capacidade de encaixe.

Este post é um lamento, mas apesar das interrogações acima isto tudo foi/é feito de forma consciência.

Se a minha vontade hoje era a de apenas ficar aqui no computador a fazer tempo para me esticar no sofá a ver “A Erva”, sem me preocupar com banhos, jantares e horas de deitar, parte disto foi compensado quando ele encostou a cabeça ao meu ombro e pôs a mãozinha na minha nuca para adormecer e quando ela me abraçou para me desejar Boa Noite com o sorriso mais lindo deste mundo.

Mas para quem não está gostava que percebesse que isto não é fácil...

14 comentários:

  1. também já me perguntei uma carrada de vezes porque me meti nisto... sabendo que o meu marido chega a casa todos os dias às 10h da noite (e que todas as promessas em contrário são sempre de um optimismo desmedido)...

    é realmente muito difícil... cansativo, esgotante... há esses momentos (os abraços, os sorrisos, o adormecerem abraçados a nós na cama...) que compensam tanto, mas não compensam tudo...

    temos que ter muita força...

    beijinhos

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  2. Tb eu te percebo... mas acredito q não completamente... o meu marido tb chega a casa tarde... normalmente depois das 21h... hora em q a Laura se deita... tb eu pensei muito qdo resolvemos ter o 2º... a minha mãe achou q eu é q iria ter o trab todo... mas resolvi ter... infelizmente o meu desejo foi adiado... mas não por muito tempo...

    Ser mãe... dona de casa... trabalhadora... não é fácil... é cansativo... esgotante... temos de ter muita agilidade mental... muita organização... muita força...

    Os sorrisos deles... os seus carinhos... os seus desenvolvimentos... ajudam muito... mas não apagam todo o trabalho... precisamos de ajuda!!

    Os companheiros nem sempre percebem...

    Beijocas

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  3. Não consegues q a Carolina brinque com o Tiago enquanto fazes o jantar?? Ou ontem... c o sono é q não?

    Beijoca

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  4. Psiuu, tenta fazer jantares rápidos, ou então adiantar de manha o jantar, é assim que costumo fazer( eu levanto ás 7h já com algo descongelado durante a noite e de manha estufo ou guizo, depois á noite é só colocar umas massas, arroz ou um puré rápido com cogumelos, ou um verdura qualquer e está feito), é normal que ao fim do dia esteja tudo com stress, mas para eles também não é fácil. E o miminho da mamã ao final do dia para terminar em bem sabe tão bem.
    Pensa nisso.
    Jocas enormes

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  5. Por acaso, com esta segunda maternidade eminente, penso muito nisso. E fico cansada só de pensar. LOL
    É muito complicado...
    E as mães não têm tempo para ficar doentes. LOL. As melhoras!

    Bjos

    Cristina

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  6. esse teu último desejo...

    beijos de melhoras!

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  7. ui ui ... as melhoras!!!!
    (realmetne uma mãe não pode ficar doente :op)

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  8. Acho que é fácil entender o desespero, mesmo antes de ter vivido a dupla maternidade. Não sou uma pessoa muito paciente, sei que vou sofrer a minha parte. Um beijinho Xanocas. As melhoras.

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  9. Nunca é fácil, mas é sempre bom. E somos muitas, muitas assim.
    ps: descobri-te hoje, agora, enquanto ainda não vislumbro a hora de voltar aos meus, em dia de trabalho longo. bj

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  10. E logo o teu que é tão bem apessoado e uma jóia de moço!

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  11. percebo tãoooo bem ;)) e estás dar lindamente conta do recado!!!

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  12. Essa mãozinha na nuca é como o mel, doce. É a lei das compensações como falas no post de cima.
    Beijinhos

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