Coisas dele

Acho piada quando pessoas que o acabam de conhecer me dizem que ele parece muito calmo.
É um miúdo de sorriso fácil, cara de maroto e realmente parece sossegado.
Parece…

Gosta de mexer em tudo, subir a tudo e descer quando está no alto.
Abre portas, gavetas, armários e caixas que podem ser de bonecos, roupa ou batatas.

Não tem medo do escuro e percorre a casa mesmo quando todas as luzes estão apagadas, sem se perder ou esquecer o objectivo.
Já se fechou na despensa e casas de banho, às escuras, e quando quer sair chama.

Deixá-lo sozinho é um risco, porque podemos voltar para um quarto com tudo aberto e revoltado, ou encontrar CDs e livros espalhados por todo o lado.

Isto para não falar dos comandos da TV e DVD que desaparecem quase numa base diária e são encontrados nos sítios mais estranhos, como o cesto da roupa suja ou a máquina de lavar roupa, mas também já demos com eles na gaveta das meias do pai ou dentro do roupeiro.

Não diz muitas palavras, mas faz-se entender muito bem e percebe o que lhe dizemos.
Das poucas palavras que diz a preferida é Qué (quero), logo seguida de Can (cão), Cácá (Carolina) e muito recentemente Pápapápapápa enquanto aponta para a caixa do pão ou para o armário das bolachas, nas aflições e para tudo o resto serve o Mamã gritado.

Não anda, só corre, à nossa frente, atrás da irmã, atrás dos cães, para ver os patos, para a música do Noddy que ouve na televisão.

Dança, dança muito e ao som de todas as músicas e assim passei a ter dois dançarinos em casa, quando não há música canta e isso é de rir às gargalhadas (sem ele ver é claro!).

Mas o melhor, e que nos leva ao princípio do post, é que ele faz isto tudo sempre de sorriso nos lábios, nos olhos, na cara, e com o ar mais calmo e feliz.