Nós por cá

A gastroenterite felizmente passou sem reclamar mais vítimas.

Mas o trabalho da mãe voltou a aumentar de forma exponencial, com dias a acabar para lá das 21 horas, que deixam um pai sozinho para dois filhos, em dias que para além de banhos, jantar e alguma brincadeira também incluíram ballet [e eu não o digo muitas vezes, mas ele consegue ser impecável e tratar de (quase) tudo no que aos miúdos diz respeito, só assim sendo possível eu me concentrar no que tenho para fazer.].

Com a ditadura informática ainda a vigorar, o acesso ao gmail ou ao blogger são uma miragem lá pelos lados do meu local de trabalho, e embora compreenda algumas razões por detrás destas limitações, não consigo deixar de lamentar esta situação porque muitas vezes os poucos minutos que ocupava a escrever a um post ou a responder a um mail pessoal apenas ajudavam a recarregar a energia, e serviam de catalisador nos dias tão exigentes.
Não existindo esta possibilidade e apenas a conseguir algum tempo para mim perto das 23 horas, a coragem para voltar a ligar o computador é inexistente e nem os posts a rolarem pela cabeça me conseguem fazer preterir o sofá/cama a favor da net.

Entretanto os miúdos crescem...
Ela em dias de pré-adolescência (ou será insolência?) tem momentos em que oscilámos entre a perplexidade e a vontade de lhe bater, à conta disto tem passado uns dias de castigo sem Nintendo.
Por outro lado fui falar com Professora dela, que vai entrar em licença de maternidade e saio da escola em estado de graça, porque a miúda já lê tudo (e embora já o soubéssemos, é diferente quando dito pelo Professora!), porque tem uma capacidade de trabalho que continua a deixar a Professora impressionada, porque tem sido desde o inicio do ano lectivo muito constante e sempre em níveis muito bons... e eu que não sou de gabá-la nesta coisa da escola (porque eles até podem mudar muito e de repente!),mas também não posso ficar indiferente e calada perante uma miúda que tem os seus dias chatos mas também é uma miúda impecável, meiga, muito responsável e que nos enche de orgulho.

Ele está um miúdo giro, giro tão giro que os cabelos daqui a pouco caem-lhe pelos ombros mas não me deixam cortar-lhos. :P
No Dia do Pai gritou que era o Dia do Paizão e assim foi, que nós por cá temos um pai em grande e não vamos contrariar o miúdo quando até achamos que ele tem razão.
Para ele já tenho reservados uns quantos cabelos brancos e sinal disso é que, à conta de descer o escorrega da escolinha de barriga e cabeça para baixo, está com o nariz esmurrado e já o teve inchado.
Fala que se farta e se há palavras que ainda ficamos na dúvida, e ele irritado porque não o percebemos, não há nada que não diga e as conversas são sempre bem construídas.
Come sozinho e vai à casa-de-banho, e se às vezes há descuidos é porque a brincadeira se sobrepõe à(s) necessidade(s). :P
Depois não gosta que ralhemos com a irmã, mete-se no meio e afasta-nos a gritar "Pára com isso!", um cavaleiro andante com a sua primeira princesa (e é ele o irmão mais novo!), ela retribui dando-lhe colo quando o ralhete lhe calha a ele. :)

Isto já vai longo, mas estou a aproveitar uma sesta longa dele (raro!), enquanto ela, com os seus sete anos e amigas fixes, foi até ali ver as Winx!